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Unilever

Posted by Acervo MKT on 03:08
A Unilever que ninguém vê
"A dona de marcas como Omo e Hellman's possui uma face desconhecida: o fornecimento de matéria-prima para bares e restaurantes."
MÁRCIO KROEHN

Você conhece a Unilever dona de marcas consagradas como Hellman's, Arisco, Knorr, Omo, Lux, Kibon, entre tantas outras. Mas há uma Unilever que você não vê. Sua presença limita-se às cozinhas de restaurantes e às fábricas de empresas de panificação. Ela não é encontrada nas gôndolas de supermercados, não possui embalagens atraentes e atende por um nome que boa parte da população teria dificuldades de pronunciar: Unilever Foodsolutions, cuja atividade é o fornecimento, em grande escala, de matéria-prima para refeições. Trata-se (com o perdão do trocadilho) de um mercado apetitoso, que movimenta por ano algo em torno de R$ 68 bilhões e encontra-se em franca expansão. O negócio já responde por 10% da receita da área de alimentos da Unilever no Brasil, uma gigante de R$ 10 bilhões de faturamento. No cardápio da Unilever Foodsolutions constam 60 itens que vão de base para molhos a sobremesas. Um número ainda pequeno se comparado aos 400 de França, Bélgica e Holanda. Porém, para chegar a essa quantidade, a empresa terá que superar o desafio de mostrar ao 1,2 milhão de bares, restaurantes, redes de fast-food, padarias e demais estabelecimentos brasileiros que alimentos desenvolvidos pela empresa não são padronizados e industrializados. Para se ter uma idéia, com três ingredientes de sobremesa, a Unilever faz 30 receitas diferentes. Nas palavras de Rodrigo Vassimon, vice-presidente do segmento para o Brasil, são produtos que deixarão o chef à vontade para dar o toque final ao alimento. Da mesma maneira, no menu da Unilever existe um tomate triturado sem adição de água, açúcar ou tempero. "Não tem nada além do tomate", reforça Vassimon. O executivo até aponta a origem do produto in natura: as fazendas da empresa em Goiás. Com o trabalho de escolher, lavar e descascar o tomate, a Unilever reduz significativamente os 30% de desperdício existentes nesses estabelecimentos com a má manipulação de ingredientes e temperos. "Queremos elevar a capacidade de preparação de uma cozinha", afirma ele. "E melhorar o resultado financeiro dos estabelecimentos no final do dia."
Não é difícil entender as razões da Unilever em abrir as portas dos restaurantes. Em pouco tempo, vender seus produtos apenas em mercearias e supermercados não será suficiente para garantir a saúde financeira da empresa. No ano passado, enquanto as redes varejistas amargaram uma queda de 1,6%, esse setor de serviços para alimentação registrou um aumento de 12,4%. Se o período for estendido para os últimos dez anos (de 1996 a 2006), o food service cresceu 319%, desempenho que deve ser mantido nos próximos anos. O principal empurrão vem de uma mudança de hábitos entre os brasileiros. Com um número cada vez maior de pessoas trabalhando, o costume de almoçar em casa quase caiu em desuso. Nas grandes cidades, a visita a restaurantes também se incorporou de vez às opções de lazer.
para garantir a saúde financeira da empresa. No ano passado, enquanto as redes varejistas amargaram uma queda de 1,6%, esse setor de serviços para alimentação registrou um aumento de 12,4%. Se o período for estendido para os últimos dez anos (de 1996 a 2006), o food service cresceu 319%, desempenho que deve ser mantido nos próximos anos. O principal empurrão vem de uma mudança de hábitos entre os brasileiros. Com um número cada vez maior de pessoas trabalhando, o costume de almoçar em casa quase caiu em desuso. Nas grandes cidades, a visita a restaurantes também se incorporou de vez às opções de lazer.

por @DanielJander


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